segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

FANTOCHE

A vida não é poética ao beber um copo de refrigerante e eu não esperava que fosse. Tão distante e tão perdido. Nada além de opiniões do que deve ser feito. Mais do que opiniões, exigências. Não, não deve ser feito assim, mas como eu quero.

Café não me deixa acordado, eu costumo ingerir comprimidos errados, e prefiro dormir do lado oposto da cama. Tudo na consciência de que os resultados serão os mesmos. Exceto a parte dos comprimidos, alguns provocam reações alérgicas.

Aprendi que não sei de muita coisa, e enquanto eu vivo descubro que há muito para se aprender. Há muito para perceber o quanto você foi idiota no passado. Escolheu o caminho mais difícil. E não falo por que é o final do ano, mas por que eu reconheço.

Não bom o suficiente, não perfeito o suficiente, não dedicado o suficiente, egoísta o suficiente. E tudo o que fui, o que não deixei que eles me moldassem. Também fui moldado para chegar aonde queria: Lugar Nenhum. Não lindo o suficiente. uma tragédia.

Mas numa noite, eu vi pessoas tentando se livrar dos demônios. Não era só eu que carregava o meu demônio segurando um copo de cerveja. Todos os que eu vi naquela noite estavam levando os seus, em outras bocas, corpos e copos. E eu fiz meu papel, meu dever, manequim tamanho 42.

 A ex dela me disse para que meu amor fosse real, ela beijava duas bocas, reversava. Fazia isso na minha frente, me provando algo? Não, eu já sabia do que ela era capaz. O passado as vezes volta para o presente, talvez pelos erros.
Sobre ele? talvez a pessoa mais amável da noite, estava tentando mais uma vez, merecido. Ele merece alguém melhor e aquela noite não mostraria o seu melhor. Tem noites que nem sempre são crianças. algumas noites são adolescentes querendo ser rebeldes da pior maneira e eu vivi esse momento.

Teve um cara, ele furou fila por que me conhecia, desaprovado por aqueles que também estavam atrás de mim. Ser popular, me conhecer pelo nome, nunca deu direito a ninguém para cometer corrupção, mas eu não perderia a noite. Eu estava mais invisível do que de costume.

A verdade me moldou a quem me contava suas verdades, isso me frusta. Eu não criei as minhas. Eu decidi por não me importar, fingir. Então até aonde as verdades se tornaram mentiras? Até aonde a gente se perde sendo herdeiros e escravos do que somos feitos? Minhas verdades eram mentiras para quem recusava acreditar. Eu aceitava. Eu aceitava como se fosse a melhor escolha. Não concluo o texto, não disse metade do que vi, do que sei, as verdades, a informação pouco poder te darão, não fui o que 2016 me deu. Não fui essas memórias, não fui essas frases, não existi em fotos e fatos. Me deixei ser levado, a correnteza foi mais forte do que minhas vontades. Estive esperando e tempo a gente acha que tem até perder.

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