terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Playlist

Acordo e coloco tuas músicas, aquelas que você posta aleatoriamente e que para mim fazem todo sentido. Ontem mesmo você postou sobre amor, se não fosse para mim, quem seria?Quem me diria? Foi o dia mais feliz, mas também teve outros... E quando você chorou, colocou Calcanhoto para tocar, eu chorei, mas você nunca viu uma lágrima minha molhar o travesseiro. Eu fiz uma playlist com o seu nome, sobrenome e apelido no meio. Mas a playlist acabou quando você dedicou músicas nossas para outra pessoa. Seu cheiro que poderia adivinhar não passou. As músicas ficaram mudas, sem formas e melodias, a velocidade diminuiu assim como minhas palavras. Mas a playlist sempre ficou lá para te amar sem pedir nada de volta. Mas a playlist é a forma de lembrar que te amei, então me dedica uma vez. Mas me pausou, me pulou e nunca mais voltou para aquele tom, aquelas cifras e aquele seu toque do celular, não posso mais ouvir, não posso mais ficar e assim todas as músicas deram novos sentidos e novas histórias. Não é mais sobre nós, A sua playlist eu guardei para nunca mais te esquecer.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Tenho me perguntado sobre como você veio comigo para o fundo do poço e tem me ensinado a sorri nos piores momentos. Você não sente falta dos bons momentos sempre que segura minha mão? É adorável quando você faz força para me tirar do nosso destino. Mas quando você não está por perto eu trago uma foto sua no bolso.

Eu sei que cada um encontra seu espaço e faz sombra. E eles se elevam numa disputa para saber quem chega além, embora eu ande pelas ruas, e suba suas montanhas, e não é vergonha nenhuma estar ao redor quando não há medo. Quando você me mostrou que estaria tudo bem fingir não ser o que sentia?

Quando foi que eu aprendi a não sentir? E se eu me espelhei em você como eu poderia me orgulhar? Eu não estou doente, mas sou um pecador. Talvez isso algum dia se torne mais claro quando eu tiver 30. Talvez você saiba as minhas desculpas melhores do que eu. O tempo dirá melhor.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

A morte de mim

Não tem como nem por quê. Algumas coisas acontecem sem planejamento. Imprevisível eu morri. Dessa morte eu apareci na tv, um caso comum, tão comum que quando passou na tv você estava de costas almoçando.
Você não foi ao enterro, meio que parou de conversar comigo por que suponho que achou pessoas mais interessantes e chama de amigos e é só isso que posso afirmar. Não foi você quem avisou aos outros sobre minha morte e a causa. Quem tentou juntar quatro ou cinco amigos e apenas três foram? Outros justificaram que não sabiam meu nome e isso dá uma margem de erro no que se refere a amizade. Mas você sabia meu nome, certo?
Passou um filme na minha cabeça, sim, isso acontece. Você estava lá, e todos aqueles que amei e tive que deixar para trás, não escrevi nenhuma carta e talvez essas palavras sirvam. O filme parecia longo demais para segundos tão breves. Nesse filme as coisas não se repetiam como nossas histórias. Como sua história.
Mas eu escolhi isso, anonimamente me trapacear. Aqueles ditados que diziam são verdadeiros e todos ou apenas eu me regrava a acreditar nas coisas boas. Perdi tempo me enganando. É perigoso e frio, assim como a verdade, se não souber encarar você inventa uma nova verdade. É isso que eu deixo póstumo: Existem muitas verdades, faça a sua.
Agora meu corpo apodrece e eu tenho que seguir. Será uma nova história, fora desse espaço-tempo.

domingo, 15 de janeiro de 2017

Detalhes

Por que eu ainda fumo esse cigarro? Por que tudo parece tão bem não estando? Não há frio, nem calor, as cinzas caem enquanto eu ando na calçada com fileiras de pequenas árvores mortas. Talvez se os humanos parassem de arrancar as folhas elas poderiam sobreviver.
Não era pelo cigarro, não era pela cerveja, era por mim. Talvez a subconsciência me acalente da pequena morte de todos os dias, a ressaca diária não me impediria de viver um novo dia. Eu estava ali por mim mesmo, eu e meus pensamentos. Fiquei entre dois ou três amigos, mas eu conversava comigo para cada assunto que eles começassem.
Falar de outras pessoas e lembranças enquanto eu te visitava todas as noites nesses bares, na minha cama, nas músicas, no sorriso disfarçado, mas manchado. Parecia normal falar bem ou mal, parecia comum ter que opinar sobre algo que julgam interessante, era um jeito de mostrar o quanto estavam perdendo por nada, aproveitar o momento. Mas eu aproveitava meus pesadelos.
Ficava mais difícil após às 01:00hr, não havia prazer nenhum em permanecer no bar, na fila do banheiro, num rosto conhecido que deseja sorte. Não há mais dias de glórias, só estática. Não vejo mais pelos olhos deles, me avisaram quando você passou. Te avisaram quando me viram? Naquela noite não seríamos nada além de uma cicatriz. E amanhã um band-aid. No outro dia uma cicatriz e assim segue.
Por que eu ainda fumo? a fumaça não me diz nada. O gosto é o mesmo, não é mais prazeroso, só uma rotina que não sei parar. Talvez eu agora entenda do que fomos feito quando a cinza manchar minha camisa ou quando a cicatriz da queimadura formar algum desenho no meu braço. Só preciso de uma razão sobre meus sonhos assustadores. Só me deixe entender que não fui um mal entendido. Talvez um fator que mude a vida das pessoas e não a minha.

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

O Clube da Leitura

"Quando vamos fazer nosso clube do livro?"

Falava pra Liz durante todo o curso de Letras, mas não havia tempo e deixávamos para o lago do esquecimento. Final de 2016 voltamos com a ideia e em janeiro aconteceu!

O livro, escolhido 1 mês antes, chamado O Vale dos Mortos, de Rodrigo Oliveira, autor brasileiro, retrata a história de Ivan e sua família tentando procurar a salvação após o acontecimento apocalíptico em que as pessoas se tornam zumbis.

"Se for apenas nós dois, não importa, temos que fazer"

Divulgamos, está aberto para qualquer leitor vir e comentar sobre o livro escolhido, podendo até indicar livros e tornar essa experiência mais linda possível. Para cada mês, um livro novo, o próximo estamos já lendo, chama-se E do meio do mundo prostituto só amores guardei ao meu charuto, de Rubem Fonseca, poético né?

Para entrar no grupo, basta ter face: https://www.facebook.com/groups/1625275607768944/

Link para próximo evento: https://www.facebook.com/events/1849467948665826/

After party