sexta-feira, 15 de julho de 2016

Se eu nunca mais te ver de novo...

Então Ela disse que iria na rua principal com sua amiga e se despediu. Eu a abracei sabendo que provavelmente nunca mais a veria,
Não foi isso que me fez passar dias pensativos, foi perceber que eu já deu adeus a tantas pessoas não sabendo que aquela seria a última vez. O último abraço, o último olhar. Lembro quando no final do ensino médio nosso grupo disse que sempre nos veríamos, inocentemente, acreditei que sempre iríamos nos ver como um culto a nossa juventude. Aconteceram encontros até os caminhos ficarem estreitos e vazios.
E quando no ensino fundamental eu tive um histórico de mudar de escola a cada ano que passava. em cada ano eu deixei um ano sem saber que doeria hoje sentir que nunca mais iria ver aquele melhor amigo anual que brincou comigo e dividiu o lanche nos intervalos, que só teria ele como trabalho em dupla. Foram Levi, Matheus, Eliane, Thiago... Hoje, isso tudo deveria se tornar normal, é normal até tornar comum se despedir. Mas ainda é estranho pra mim,
Lembro de um aluno que morreu quando cursava a sexta série. Ele era filho do ex-marido da minha tia. Tinha tudo para sermos amigos, mas não fomos. Eu não costumava ter muitos amigos, não socializava. Eu nunca o diria adeus, até por que ele estaria ali na sala todos os dias até o ano acabar e eu ir para outra escola, mas num dia normal a turma soube que ele teve uma forte dor de cabeça e estava no hospital, e no dia seguinte ele entrou em coma, e não demorou muito até sabermos que ele tinha morrido. Aconteceu rápido o bastante para eu não sentir nada, alguém que sentava ao meu lado, não sentaria mais, e eu tive mais quatro anos com aquela turma, com aquele morto que interrompeu seu destino. Não disse adeus a ninguém.
Eu só quero lembrar que sentirei falta dessas pessoas citavas. Não sei onde estão. Mas espero que estejam bem e melhores da versão que eu conheci.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Ascendente em Peixes

E quando me encontrar sozinho, com os olhos perdidos pedindo sempre algo mais,
Não me julgues, a vida me deu a consequência do destino seguir para o cais.
Mas posso rir, debochadamente chorar, lembrar já que implorou
Na imensidão dos meus desejos, lembrarei do que fui e sou.

Mas quando me ver rodeado, com a janela florais, jangada ao mar
E eu te ver perdido na imensidão do mundo, você chama de lar.
Não te julgo, não me julgue. Somos terra e mar. Riremos do poder.
E assim estarei só, sentido a alegria de pertencer a imensidão
Se em cada esquina eu não souber curvar, aprendo a me endireitar.

Se eu não soubesse nadar sozinho, como poderia me amar?
Pois para cada bifurcação, sempre tem que deixar algo para trás
E naquelas escolhas, ficava o que não sou mais.
Assim deixei de nadar para trás.