quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Total Forma Estranha de Colaborar

Te desvendei, te tirei de você mesmo. Mas você não se prende a si, mesmo sozinho. Seu ponto fraco, Calcanhar de Aquiles. Eu achei.
Tento não me render, você sabe meus pontos fracos, eu disfarço. Faço de um novo jeito, imprevisível. Não penso por mim, sou outros personagens, aqueles em que eu pensei em fazer de tal jeito e não tomei coragem.
Olhei para cada porta entreaberta que há em cada corredor dos meus vasos sanguíneos. Eu estava lá, depois da porta. Estava encolhido e com frio. Abri a porta para o sangue circular. Deus! eu vivi, eu abri os olhos e consegui movimentar cada plaqueta, cada hemoglobina. Forte o suficiente para levantar e sair pela porta.
E em cada porta desse corredor, saíram vários de mim. Todos com vontade. Libertei o leão, o boi, a ave, o humano.
Quem eu era, cada forma, me movia. Nunca sei, penso duas vezes e até três. Vivo sob minha própria influência. Todas as alternativas são possível e existem possibilidades de ser alteradas.
Li Maquiavel, Li Thoreau. É uma selva de pedra e para conquistar, é preciso desfazer tudo. Começar do começo. Então me obrigo a destruir todas as pequenas construções, sou mais de um. Sou todos e estou com todos. Aliados e inimigos. A guerra não vai começar se ninguém atacar.
Começo no frio, nu, para aprender a valorizar o cobertor. Aprender a valorizar é um ato que deve ser vivido todo dia em que acorda. Se fechou os olhos, por que não pensar que ao abrir os olhos é uma nova chance de fazer melhor?
Se venci, morte a todos, sem exceção. Se perdi, morte a mim. A vida não é nada além de um sonho para os mortos. Me finalizo perguntando se vivi o suficiente para contar histórias em que eu não precise mentir. Me arrisco, no final eu posso rir em cada gole dessa bebida que vai me esquentar mais do que qualquer corpo em que eu me deite.

Aprendo com minhas letras, Não sou melhor e nem pior, não bem e nem mal. Logo logo chamarão de atualizado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário