Parada da Diversidade de Roubos

Estavam protestando por direitos, melhorias, por viver mais, só viver. E ao lado uma raça de humanos que só estão ali para roubar. Eu vi: Um homem estava tirando foto do trio, e do nada ele foi puxado para trás, caiu no chão, os trombadinhas rindo. Levaram o celular dele.
2016 não foi a primeira vez, mas esse ano eu percebi que tinha pouca gente. Uma grande diferença, números decaíram. Não se protesta como antes!
Vivemos com medo de nos mostrarmos, mas também vivemos com medo do que temos, não podemos andar por aí com um melhor celular, eles roubam o dinheiro do nosso trabalho. Eles estão nas ruas nas quartas e domingos de jogos, mas também tem nos outros dias da semana. Mas somos, estamos lá, os poucos, representando, e queremos festas, e sambamos, e pedimos respeito, mas só aqueles que tem peito pra bater de frente. A polícia vê os meninos levando os pertences: Nenhum registro de roubo. Assim foi no carnaval desse ano, anunciaram no palco principal: Nenhum registro de roubo. Coloquei o celular na cueca e fui na multidão. Nenhum B.O. Quantos amigos foram roubados? Não sei, mas no facebook eles avisam: "Glr, levaram meu celular, sem whats".
Minha terceira parada, minha última. Sem alarde, vi o Aquarius (prédio, o filme vi antes, tá Jean), peguei meu livro reservado, fui pra casa. Meus pertences ainda estava comigo. Essa foi a sorte do dia. A sorte desses dias.